EU... ABELHINHA...

A abelhinha vai voando e dando as suas ferroadelas...

terça-feira, 24 de junho de 2008


Abelhas estão a morrer


Texto publicado na Revista O Apicultor Jul/Set 07


Recentemente a União Europeia e Portugal autorizam a instalação de culturas agrícolas transgénicas, nomeadamente o milho, que se juntou à colza transgénica já anteriormente cultivada em França.
Muito embora os benefícios económicos da sementeira do milho transgénico em território nacional sejam ainda questionáveis, na realidade o interesse por parte dos agricultores Portugueses tem aumentado como se verifica pelo aumento dos pedidos de licenças de sementeira.
O genoma do milho transgénico foi artificialmente modificado de modo a sintetizar proteínas com acção pesticida idênticas às presentes na bactéria Bacillus thuringiensis, usado desde há vários anos no combate a diversas lagartas, não só do milho mas de outras culturas. Este pesticida, que é especifico só para lepidópteros (borboletas e as suas lagartas), não produz , aparentemente, qualquer efeito prejudicial nos restantes insectos de outras famílias, nomeadamente himenópteros (abelhas).
Pela aparente segurança que o milho transgénico garante os ambientalistas não têm conseguido convencer totalmente os governantes a restringir o seu cultivo. As abelhas em particular não mostram grande interesse pelos campos de milho quando existem outras plantas boas fontes de pólen próximas e que garantem a sua subsistência. Porém, as abelhas chegam a alimentar-se quase exclusivamente de pólen de milho quando em caso de carência alimentar ou quando os apiários se situam em áreas de grandes plantações deste cereal, como provou Louveaux nos celebres trabalhos da década de 60. Este investigador encontrou apiários na zona de Landes, em França, a satisfazer cerca de 90% das suas necessidades em pólen com as flores milho, prolongando-se esta situação durante quase um mês até ao inicio da floração da Caluna vulgaris no final de Agosto.
Num estudo das cargas polinicas das abelhas que conduzimos, durante um período de 3 anos (2002-2004), verificou-se, na freguesia de Cesar (distrito de Aveiro, concelho de Oliveira de Azeméis), que o pólen de milho chegou a satisfazer, em algumas semanas, 17% das necessidades das abelhas(figura 1) o que representou nas colónias estudadas aproximadamente 0,5 kg. Actualmente, graças ao recurso a modernas tecnologias, concluiu-se que as abelhas podem fazer colheitas até 10km e forragear em média num raio de 6km (e não 3 como se acreditava), o que significa que a area util de uma colmeia anda em torno de cerca de 113km2.
Quanto à dispersão pelo vento o alcance do fluxo de pólen de milho tem vindo a ser subestimado pois algumas entidades oficiais, embora reforçadas por trabalhos científicos consideram que uma distancia de 300 a 1000m em relação a outras culturas não transgénicas é suficiente para evitar o cruzamento entre plantas porém, como foi observado no nosso trabalho, mesmo numa zona onde a área cultivada com milho disponível, mesmo transgénico, este será colhido pelas abelhas em grandes quantidades, muito superiores ás distancias de segurança geralmente estabelecidas, sendo, por consequência, possível que seja transportado até longas distancias.
Deste modo o pólen de culturas transgénicas, como o milho, algodão e colza, pode chegar a polinizar plantações bastante afastadas ou ser armazenado nos favos das abelhas. No ano 2000 a opinião pública dos Estados Unidos da América foi abalada por uma serie de trabalhos científicos afirmando que as lagartas da borboleta monarca (Danaus plexippus), uma da “bandeiras dos ecologistas norte americanos, podiam ser afectadas indirectamente se ingerissem, mesmo em pequenas quantidades, o pólen oriundo de milho transgénico depositado em ervas daninhas nas borboletas dos campos.
De facto, o impacto desta noticia abalou, embora momentaneamente, a credibilidade da alegada segurança das plantas modificadas geneticamente. O argumento utilizado para defender a plantação de milho transgénico foi de que quando o milho se encontrava em floração a maioria das lagartas já se tinham transformado em borboletas e por conseguinte o risco para esta população seria muito baixo.
A abelha (Apis mellifera) e outros polinizadores trabalham activamente esta planta, usando-a como fonte de pólen, apesar do seu conteúdo em proteína (cerca de 15%) ser considerado relativamente baixo. Como o milho é uma das últimas plantas a florir antes do período invernal o seu pólen poderá ficar na colmeia por vários meses até ser totalmente consumido.
Nas colmeias é frequente existirem, em autentica simbiose com as abelhas, pequenas borboletas a que chamamos traças da cera, geralmente das espécies Achroia grisella e Galeria mellonella. Como é sabido as traças só são encontradas nas colmeias quando as colónias estão fracas e em circunstância alguma são directamente prejudiciais às abelhas.
Embora sejam geralmente consideradas como pragas dos favos armazenados a sua presença na colmeia torna-se benéfica uma vez que não só favos velhos e inutilizados (principalmente em colónias selvagens) como, em caso de morte, destroem toda a cera restante que tenha contido larvas e pólen. Deste modo desempenham um papel importante no controlo de diversas doenças microbianas que afectam as abelhas e outros insectos.
Caso assim não fosse, se os favos ficassem por períodos muito longos no ambiente, seriam inexoravelmente um foco de doenças, pelo que as traças da cera são, sem dúvida, insectos úteis para as abelhas e por conseguinte para o homem.
Muitas vezes as epidemias de podridão loque americana e europeia poderiam ser evitadas caso os apicultores não insistissem em usar a cera das colónias mortas quer misturando com cera novas quer reutilizando os seus quadros. Deste modo a doença em vez de se restringir à colónia afectada, como sucede na natureza alastrará às demais colónias pois a acção limpadora das traças foi impedida.
Com a introdução de culturas transgénicas, e sem estarmos conscientes disso, estamos a desequilibrar o sistema ecológico ainda existente entre os polinizadores e particularmente as abelhas e as traças da cera.
As traças da cera são sensíveis, como os demais insectos da sua família, ao pólen de milho transgénico, chegando a 100% de mortalidade quando o ingerem, mesmo em pequena quantidade.
Surge portanto como natural que sempre que houver pólen de milho transgénico armazenado na colmeia as traças da cera sejam incapazes de a decompor e deste modo ficará por longos períodos no ambiente representado, assim, além de um distúrbio ecológico, um problema para a apicultura e para as populações de insectos polinizadores em geral.
O futuro o dirá!


sábado, 21 de junho de 2008


LENDAS TIPÍCAS


Na Cidade de Lagos o mês de Maio, especialmente o seu primeiro dia, era considerado aziago. Os seus naturais designavam este mês por “o mês que passou” ou por “o mês que há-de vir”.

A origem desta designação remonta a muito antes de 1580, uma vez que cerca de 1600 Henrique Sarrão fixou a sua razão, que ouviu aos muitos antigos:

Há muito era costume festejar-se na Cidade o primeiro dia de Maio “vestindo um estrangeiro com os mais ricos vestidos, que lhe podiam achar, e todo coberto d’ ouro, de muitas jóias, cadeas, braceletes, anéis e peças de muita valia, que lhe cosiam por cima dos vestidos, o faziam cavalgar no melhor cavalo, e todos com suas trunfas na cabeça, adargas nos braços e suas lanças, andavam com ele por toda a Cidade, e adiante dele iam homens, tangendo em frautas, e muitas mulheres cantavam e dançavam, e diziam todos:

Viva o nosso Maio”.
Tudo correu bem até ao ano em que:
“E tendo feito Maio a um estrangeiro, ornado e posto a cavalo, e dizendo-lhe, fora da cidade, que corresse, apertou as pernas ao cavalo e fugiu com todas as jóias e peças ricas da terra em Maio, e, por causa daquele homem, lhe chamaram mês, que não devera, em memória da grande perda, que tiveram”.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

RICOS FIGOS!!!

Hummm...que delicia!!!


Olhem para este figo lampo!!!aqui estão eles pelo Sto.António, São João e São Pedro...

domingo, 15 de junho de 2008


Quando os Homens se convençam

Que à força nada se faz,

Serão felizes os que pensam

Num mundo de amor e paz.

(Ant.Aleixo)

sexta-feira, 13 de junho de 2008


MEU CORAÇÃO


Mar de vagas alteradas,
corações de amantes,
vagas ondeantes na areia,
corpos entrelaçados, no vaivém das ondas do amor,
sedentos de calor, de paixão!

Assim vai meu coração,
vagando na torrente de águas revoltas,
navegando em pensamentos soltos,
sempre ansioso de lavar torrentes,
de voar em passáros dolentes,
de navegar nas águas da paixão!



(Abelhinha)

domingo, 8 de junho de 2008




O QUE É O MEL?


O néctar colectado pelas abelhas é um produto de origem vegetal, produzido nas flores das mais variadas espécies vegetais, processado por elas até transforma-lo em mel.

COMO OCORRE A TRANSFORMAÇÃO DO NÉCTAR EM MEL?

Cada abelha que colecta, recebe ou suga o néctar faz funcionar as glândulas do seu aparelho digestivo, liberando, já na passagem pelo esôfago, um elemento denominado enzima.

A acção desta enzima sobre a sacarose (açúcar composto) transforma-a e divide em açucares simples, resultando desta inversão a dextrose e a levulose.Explicando melhor; o néctar sofre no "papo" da abelha acção definitiva de duas enzimas: a invertase, que transforma a sacarose em levulose e a amilase que transforma o amido em maltose.


O mel sempre foi considerado um alimento e medicamento dos mais completos e nutritivos que a humanidade tem noção.Conhecido desde a mais remota antiguidade, perde-se no tempo a origem de sua utilização para as mais variadas finalidades pelo ser humano.

QUAL A COMPOSIÇÃO DO MEL?

O mel é constituído pelos seguintes componentes nas quantidades médias especificadas: Açucares naturais:

Levulose 40,5%, Dextrose 34,0%, Sacarose 1,9%Enzimas e Vitaminas:

2,6%Água: 17,7%Cinzas:

1,8%Proteínas:

1,5%Vitaminas:B, B1, B2, B5, B6, BC, C, G, H e PPSais Minerais:

Cálcio, fósforo, enxofre, potássio cloro, sódio, magnésio, ferro, manganês, cobre, silício, bório, nitrogênio e outros presentes em pequenas quantidades.

Ácidos:

Málico, cítrico, fórmico, tânico, cúprico, oxálico, fosfórico, butríco, acético, latico, valerianico e propiônico.

Outros elementos:

Açucares, lipídios, fermentos, histamina, maltose, dulcitol, aldeidos, clorofila, carotina, tanino, albumina, malase e vários óleos

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O MEL


Este alimento é constituído por água e dois tipos de açúcares simples: a frutose e a glucose.

O tipo de flor que está na sua origem determina o sabor e o aroma.Na sua composição, o mel apresenta 75% de açucares, 20% de água e 0,5% de proteínas, a par de uma percentagem mínima de vitaminas e sais minerais.

Em termos energéticos, ronda as 300 calorias por cada 100g.Não deve ser aquecido por muito tempo em lume forte, pois perderá as suas melhores propriedades. É sempre preferível adicioná-lo no fim da confecção da receita.

Além de adoçar, é um bom alimento e possui propriedades terapêuticas.Cristalizado

o mel puro tem tendência para cristalizar e ficar granulado.

Para o recuperar, basta colocar o frasco numa taça de água a ferver durante alguns minutos, até voltar a ficar líquido.Retirar do frasco.Por vezes, torna-se aborrecido tirar o mel do frasco, pois a maior parte fica agarrada à colher.

Para que isso não aconteça, experimente passar a colher por água bem quente.

Se, por alguma razão, tem de medir o mel numa chávena, unte-a previamente com um pouco de manteiga.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

LAGOS - Marginal

LAGOS

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Até já me está a crescer água na boca...eheheh



«Tenho aqui ovinhos, panito feito pelas minhas manitas, batata, couve. Tudo produtos da minha horta»,



Certo dia a Jane encontrou o Tarzan na selva.Sentiu-se muito atraída por ele e, querendo saber sobre a sua vida,perguntou como ele se arranjava com sexo.-O que é isso? - perguntou ele .Ela explicou o que era o sexo e ele disse: - Ah, eu uso um buraco no tronco de uma árvore.Horrorizada, ela retrucou:- Tarzan, fazes tudo errado! Vou mostrar-te a forma correcta.Jane despiu-se, deitou-se no chão e abriu bem as pernas.- Aqui!- Disse ela - precisas pôr aqui dentro...Tarzan tirou a tanga, aproximou-se da Jane e deu-lhe um tremendo chuto nas virilhas.Ela contorceu-se de tanta dor.Mesmo assim, balbuciou:- Por que raio fizeste isso?Diz o Tarzan: - Só para ver se não há abelhas...

LENDA DAS AMENDOEIRAS EM FLOR






Há muitos e muitos séculos, antes de Portugal existir e quando o Al-Gharb pertencia aos árabes, reinava em Chelb, a futura Silves, o famoso e jovem rei Ibn-Almundim que nunca tinha conhecido uma derrota. Um dia, entre os prisioneiros de uma batalha, viu a linda Gilda, uma princesa loira de olhos azuis e porte altivo. Impressionado, o rei mouro deu-lhe a liberdade, conquistou-lhe progressivamente a confiança e um dia confessou-lhe o seu amor e pediu-lhe para ser sua mulher. Foram felizes durante algum tempo, mas um dia a bela princesa do Norte caiu doente sem razão aparente. Um velho cativo das terras do Norte pediu para ser recebido pelo desesperado rei e revelou-lhe que a princesa sofria de nostalgia da neve do seu país distante. A solução estava ao alcance do rei mouro, pois bastaria mandar plantar por todo o seu reino muitas amendoeiras que quando florissem as suas brancas flores dariam à princesa a ilusão da neve e ela ficaria curada da sua saudade. Na Primavera seguinte, o rei levou Gilda à janela do terraço do castelo e a princesa sentiu que as suas forças regressavam ao ver aquela visão indiscritível das flores brancas que se estendiam sob o seu olhar. O rei mouro e a princesa viveram longos anos de um intenso amor esperando ansiosos, ano após ano, a Primavera que trazia o maravilhoso espectáculo das amendoeiras em flor.

terça-feira, 3 de junho de 2008


Vós que lá do vosso Império

prometeis um mundo novo,

calai-vos, que pode o povo

qu'rer um Mundo novo a sério.


(Ant.Aleixo)


Voando,voando, vai esta abelhinha...

por vezes melosa,mas também ladina...

voando nos tojos,nos montes nas estevas...

pelos medronheiros,e pelos pinheiros...

voando,voando, vai esta abelhinha...

que de tão pequenina, tão frágil ela é,

deposita nesta colmeia, o seu doce mel...

e assim vai deixando a todos o toque,

da sua amizade, com que constrói o seu céu!

Um pingo de mel, para todos!